domingo, 12 de abril de 2009

10.04.2009 - Páscoa: Ressurreição de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!!!

Páscoa
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o
Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A suposta última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Jesus por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.

Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.

Páscoa no Judaísmo

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .

Os eventos da Páscoa cristã na cronologia judaica

A Páscoa e o Pessach são eventos diferentes que não devem ser confundidos. Assumir o nome de Páscoa, que seria a tradução original de Pessach, para os eventos da Páscoa cristã, é algo razoavelmente confuso, que pode ter sido feito intencionalmente com a finalidade de substituir um grande evento da religião judaica por outro grande evento da religião católica.

O que acontece é que a morte de Cristo acontece em 14 de Nissan, dia do início de Pessach. A última ceia de Cristo teria sido um Seder de Pessach.

A pascoa é a festa instituida em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal(Ex.12:11-27).Chama-se a "pascoa do Senhor",a "festa dos pães asmos"(Lv.23:6,Lc.22:1), os dias dos "pães asmos"(At.12:3,20:6). A palavra pascoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene(Lc.22:7,1Co.5:7,Mt.26:18-19,Hb.11:28). Na sua instituição,a maneira de observar a pascoa era da seguinte forma: o mês da saida do Egito(nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no decimo-quarto dia desse mês,entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6 hrs do dia anterior, principiava a grande festa da pascoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particurlamente solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito.Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas armagas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da pascoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar a comida, sendo isto, contudo, proibido no sabado(Ex.12). A pascoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de "aparecer diante do Senhor" (Ex.26:14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guardar a pascoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado a morte(Nm.9:13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento légitimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiastico, o 14° dia do mês iyyar(abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr.30:2-3).

A palavra Páscoa em várias línguas

Alemão - Ostern
Árabe - عيد الفصح (ʿĪdu l-Fiṣḥ)
Basco - Bazko
Búlgaro Пасха (Paskha)
Catalão - Pasqua
Espanhol - Pascua
Esperanto - Pasko
Finlandês - Pääsiäinen
Francês - Pâques
Friulano - Pasche
Georgiano - აღდგომა (Aghdgoma)
grego - Πάσχα (Páscha)
Inglês - Easter
Irlandês - Cáisg
Islandês - Paska
italiano - Pasqua
Latim - Pascha ou Festa Paschalia
Neerlandês - Pasen
Norueguês - Påske
Polonês - Wielkanoc
Português - Páscoa
Romeno - Paşti
Russo - Пасха (Paskha)
Sueco - Påsk
Turco - Paskalya

sábado, 4 de abril de 2009

04.04.2009 - “Anuário 2008” - Óbidos / Abdias de Arruda

Prezados familiares e amigos,

Levo ao conhecimento que o Jornal “O Liberal” está às quartas-feiras incluindo encarte com o título “Anuário 2008”. Na última, 01.04.2008, o fascículo abrangeu os municípios de Óbidos, Belterra, Juruti e Santarém.
No tocante a Óbidos, há menção ao Juiz Abdias de Arruda em parágrafo a seguir transcrito:

“Fato curioso, em 1932, quando o General Bertholdo Klinger levantou tropas de São Paulo, visando à reconstitucionalização do país. No Pará, os reflexos só foram sentidos em Óbidos e Belém.
Em Óbidos o ex-Promotor Demócrito Noronha foi designado pelo General Klinger para ser o Chefe Civil da Revolução. O Prefeito, Coronel Freire, foi preso; o Juiz Abdias de Arruda afastado de suas funções e os serviços judiciários foram suspensos”.


Apenas para efeito de desfecho, registramos que o Juiz Abdias de Arruda retomou suas funções após a capitulação dos revoltosos. Sugerimos aqui a leitura o livro “Os Dias Recurvos” (*), de Idelfonso Guimarães, como fonte de consulta sobra o tema, lamentavelmente esquecido na grade acadêmica das escolas, inclusive as paraenses...

Seguem em anexo: Imagens do Fórum “Abdias de Arruda”, em Óbidos; Foto da Justiça de Óbidos à época (Abdias de Arruda ao centro, sentado); Detalhe de despacho do magistrado.





(*) Caso queiram adquiri-lo: Editora Secult – PA, Coleção “Lendo os Municípios nº 3”. Existem livrarias na “Estação das Docas” e no “Parque da Residência”, conforme dados a seguir:
SECULT - SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA - http://www.secult.pa.gov.br/
AVENIDA GOVERNADOR MAGALHAES BARATA 830 - SAO BRAS BELEM - Para
Telefone : (91) 4009-8700
Convidamos-lhes a visitar o site http://www.chupaosso.com.br/, (menu principal > patrimônio > museu contextual > Óbidos ontem e hoje, imagens digitalizadas), lá poderão encontrar acervo fotográfico/documental de época e atual. Observem que, apesar de publicado em 16.02.2008, continua sob contínua visitação, fato constatado pela seqüência de comentários.
Visitem, também, o blog http://www.arrudafamilia.blogspot.com/, um blog de muitas famílias. Cadastre-se como seguidor, envie matéria que julgar interessante para publicação.
Cordial abraço,
Maurício Arruda

quinta-feira, 2 de abril de 2009

02.04.2009 - Heliodoro dos Santos Arruda: O tempo passa, o legado fica...

Há um ano atrás partiu nosso querido Heliodoro dos Santos Arruda, filho do Juiz Abdias de Arruda, pernambucano, e Izabel dos Santos Arruda.

Transcrições da Agenda de Bolso de Abdias de Arruda:
“Heliodoro nasceu às 11 horas da manhã de uma quinta-feira no dia 3 de Dezembro de 1925 na cidade de Óbidos”.

Seu nome deveu-se a intensa união entre seu pai, Abdias, e o irmão Heliodoro Gonçalves de Arruda, conforme podemos constatar observando transcrição do Caderno de Lembranças ao Bacharel Manoel Tertuliano Travasso d’Arruda, pai de ambos:
“Heliodoro nasceo a 29 de Agosto de 1876, em um dia de terça feira às 3 horas da madrugada. (Foi batizado) a 10 de Setembro do mesmo anno, pelo Padre João da Costa Bezerra Carvalho, de Bom Jardim, sendo padrinhos o Capitão José Francisco Cordeiro d’Arruda e o Tenente Jeremias Cabral d’Arruda”.

Vejamos trecho escrito por Auta Arruda do Amaral em suas “Memórias”:
“Em 1925 a família se enriquecia com mais um filho. Heliodoro.
Forte, bonito, encheu de alegria nossa casa. Aos 10 meses teve uma doença grave. Por vários dias esteve com febre alta. Minha mãe, a aflição estampada no rosto seguira a risca a orientação do médico, Dr. Antonio Magalhães que chegara havia pouco, para o Posto de Saúde recém criado para debelar malária e verminose. Dr. Braulino já havia deixado Óbidos, seguindo para o Maranhão.
O Dr. Magalhães, um rapaz moço, bonito, mas de um gênio que explodia por qualquer coisa, era, no entanto, um médico dedicado e competente. Meu irmãozinho esteve à morte, mas depois de tantos medicamentos, inclusive injeções diárias, levantou-se dessa. Nas nádegas emagrecidas as injeções supuradas eram cuidadosamente tratadas pela D.Lucinda Vieira. Naquele tempo, apenas o médico aplicava injeções.
Cicatrizadas as feridas, minha mãe começou a notar que a perninha esquerda estava afinando e sem a menor firmeza. O que minha mãe fez de fricções, massagens, com tudo o que ensinavam, marapoama, andiroba, óleos os mais extravagantes, nem sei contar. O médico receitava algum fortificante e nada podia fazer. A verdade é que a perna afinava sempre e enfraquecia. O garoto muito ativo, não perdia as brincadeiras de correr, jogar bola, embora sempre protegesse o joelho com a mão esquerda. Depois foi atrofiando e ele teve que usar muleta, o que completou a atrofia. Felizmente ele nunca teve complexos, mas minha mãe não se conformava. Meu filho! Nasceu perfeito e agora está assim. Foi das injeções? Foi paralisia infantil?
Uma ocasião, já crescido, foi ao médico, fazer uma consulta. O Dr. Magalhães, no consultório, examinou-o e perguntou com sua delicadeza: - quem foi o cavalocrata que te aplicou essa injeção? O menino na sua franqueza natural, respondeu: - foi o senhor, doutor!!!”

Heliodoro dos Santos Arruda foi o 9º filho de extensa prole, ou, se contado mais criteriosamente, o 12º, já que, além do falecimento prematuro do filho Joffre (1º Joffre), duas outras gestações não lograram êxito.
A cada partida de um dos filhos do Dr. Abdias temos quase que por instinto, a reflexão. Sobre o que aquela vida deixou como legado, o testemunho para os que sucederam, o privilégio daqueles que foram seus descendentes ... ramificação de genealogia sólida!
Em particular, Heliodoro foi, além das características intrínsecas aos filhos do casal patriarca, um exemplo de superação física. Quiçá acometido por paralisia infantil ou injeção mal aplicada, este conviveu a partir dos 10 anos de idade com atrofia na perna pelo restante de seus dias...
Desnecessário é citar aqui seus atributos como Advogado, Promotor e demais ações que vivenciou no Judiciário, ficamos com a lembrança do casarão sempre repleto, às proximidades do Mercado de São Brás, a casa “Gina” no Mosqueiro, e, principalmente, seu coração, morada de muitos...
Para complementar a menções, lembramos o texto “O Comodoro de todos nós chamado Heliodoro”, de Fernando Mergulhão.
À querida Tia Gina, filhos e descendência, nossos cumprimentos, no ensejo de exaltar-lhes a transformar compreensível tristeza deste dia em imensa e gradativa saudade reconfortante, agradecendo a Deus pelo sopro de vida e o privilégio de termos compartilhado desta trajetória de vida.

Maurício Santos Arruda